Photo by Michael Stipe
Os Grant-Lee Buffalo sofreram uma das maiores injustiças nos anos 90: não tiveram suas qualidades (que não são poucas) reconhecidas como mereciam. Gravaram quatro álbuns irretocáveis que representavam uma América mística, espiritual, sem grandes ufanismos.
Não pára por aí. Os dois álbuns solos de Grant-Lee Phillips caminham a um ostracismo profundo, sobrevivendo na obscuridade - o que para alguns significa um grande charme – mas que entristece, pois merecem muito mais do que o reconhecimendo de um círculo restrito. São as contradições do mundo pop. Paciência.
Magnetic Field Recordings, 1999
A estréia solo de Phillips foi gravada num porão em apenas três dias do outubro de 1999. Recém saído dos Buffalo, expurgou toda a manada de camadas sonoras para compor canções intimistas. Violões, Pianos, Órgãos e discreta percussão contornam a bela voz do cantor em nove temas (dez, na reedição da Zoë Records). “You’re A Pony”, “Heavenly”, “Flaming Shoe”, “Squint” e “Saint Expedite” fazem parte daquele sublime e seleto clube de canções que se tornam inesquecíveis.
Zoë Records, 2001
Uma surpresa muito agradável, mas que suscitou desconfiança antes do lançamento: Phillips e eletrônica, há combinação?
Pois funciona perfeitamente. As composições continuam acima da média e a expressividade do artista nenhum pouco afetada e ainda traz uma de suas melhores canções: “See America". Há ainda gemas “Humankind”, “Spring Released”, “Sadness Soot” e “We All Get a Taste”.
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