sábado, junho 07, 2003

Music Non Stop



Discos que combateram o silêncio do meu quarto na última semana:





Brute – Nine High a Pallet
Velocette, 1995


O Brute é uma banda que une Vic Chesnutt aos Widespread Panic, na criação de um álbum mais do que satisfatório. Não difere muito dos outros álbuns de Chesnutt tendo o som aproximado ao Is The Actor Happy, lançado no mesmo ano. “Westport Ferry”, “Blight”, “Good Morning Mr. Hard-on”, “Bastards in Bubbles” conquistam o ouvinte já na primeira audição. Indispensável como qualquer álbum de Vic.




Galaxie 500 – Today
Ryko, 1996



Dean Wareham liderou uma das melhores bandas dos últimos 15 anos e nem se deu conta disso quando por desentendimentos com Damon e Naomi, decidiu abandonar os Galaxie 500. O grupo presenteou o mundo com três álbuns impecáveis que valem por toda coleção do Mogwai e Low. Originalmente lançado em 1988, “Today” permanece há 15 anos oblíquo (“Tugboat”), fantasmagórico (“Flowers”), emotivo (“Temperature’s Rising”) e absoluto (“Don’t Let Our Youth Go To Waste”).




Los Hermanos – Ventura
BMG, 2003


Uma banda que merece incondicionalmente todos os elogios que vêm colhendo desde o lançamento do Bloco do Eu Sozinho (2001). Grandes letristas e melodistas, Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante agregam as melhores influências artísticas para criar uma música inclassificável e de extremo bom gosto. Adjetivos todos que se aplicam ao terceiro álbum Ventura, um dos discos mais aguardados, e disparado o melhor do ano. O destaque fica para todos os 15 temas que compõe o álbum e a letra de “O velho e o moço”: “Ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é melhor pra mim? Dispenso a previsão / Se o que sou é também o que / Eu escolhi ser / Aceito a condição”.




American Music Club – Everclear
Alias Records, 1991


Uma obra prima da década passada. Everclear é o mais deslumbrante de todos os álbuns dos AMC, banda que contava com um grande compositor e cantor (Mark Eitzel) acompanhado por músicos extremamente eficientes e afinados com os propósitos estéticos do vocalista. “Rise”, “Ex-Girlfriend”, “Why Won’t You Stay” são três faixas que sintetizam bem as emoções contidas no álbum.





Lee Hazlewood – Cowboy In Sweden,
Smells Like Records, 1973


Gravado no auto-exílio de Hazlewood na Suécia de 1970, Cowboy In Sweden é um álbum mais espiritual e justifica a adoração pela obra do compositor por grupos como Tindersticks e Luna.