Doce experimento
Por que eu adoro os Flaming Lips...? Porque eles se superam a cada álbum. Quando lançaram o quádruplo "Zaireeka" em 1997 veio à tona questionamentos sobre uma "avaliação-correta-de-um-disco-tão-idiossincrático-quanto-esse" e o disco foi completamente esquecido. Uma questão fácil de se resolver. Para avaliar Zaireeka, basta ouvi-lo. Tê-lo à mão. E não somente baixar a versão mixada que rondam os SoulSeeks e KaZaAs da vida. Basta conhecer cada CD individualmente e depois combiná-los da maneira que desejar. Wayne Coyne, Steven Drozd e Michael Ivins compuseram uma obra completamente futurista, modernista ou qualquer porra de vanguarda você quiser considerar...
The Flaming Lips: Wayne Coyne, Steven Drozd, Michael Ivins.
Nada do que comento aqui é novo, nem é essa pretensão e vou repetir um clichê que já encheu o saco (não, não é baixo pulsante), os Lips são o grupo mais inventivo da atualidade. Tanto em conceito quanto em música (Yoshimi Battles the Pink Robots provou isso com todas as letras).
Mark Richard-San comentou numa resenha mea culpa do Pitchfork (página mais deslumbrada sobre música alternativa que conheço e que deu zero em sua avaliação para o álbum) que poucas pessoas possuem quatro CD players para tocarem os quatro discos, mas se forem afortunados terão ao menos três amigos para completar a experiência. "Zaireeka é uma grande desculpa para trazê-los à sua casa para ouvir a mesma música".
Zaireeka é, também, um desafio sonoro a ser decifrado por muitas pessoas. Uma experiência comunitária, que poucos artistas ousam conceber e que ainda terá seu nome na maioria das listas dos grandes álbuns.
The Parking Lot Experiments
Para saber mais, acesse:
Nude as the news /
Pitchfork /
The Flaming Lips.
Zaireeka
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