quinta-feira, fevereiro 12, 2004







Fuloresta do Samba - Siba
2002, Terreiro Discos




Estou ouvindo muito o cd "Fuloresta do Samba" do Siba, integrante do Mestre Ambrósio.

Não tenho muitas propriedades para escrever sobre o disco, por isso estou publicando esse texto mais do que informativo sobre o álbum.

Em "Fuloresta do Samba" a emoção estética é água profunda. Emociona bastante.

"Nunca tanto, como nos últimos tempos, o Brasil vem se redescobrindo musicalmente como agora. Isso não é uma novidade, exatamente, mas oportuno para falar deste trabalho de Siba. "Fuloresta do Samba" é seu primeiro CD solo. Fruto mais que saboroso de um intenso trabalho que o músico desenvolve há anos na cidade de Nazaré da Mata, Zona da Mata de Pernambuco, distante 60 quilômetros da capital. Importante lembrar que Siba é integrante da excelente banda Mestre Ambrósio, que esta comemorando dez anos de carreira. Mesmo assim, tempos atrás, o músico mudou-se de São Paulo para Nazaré da Mata. Lá ele vem explorando novas possibilidades estéticas para a ciranda e para o maracatu. Ou como ele mesmo diz no encarte do disco: "Fuloresta do Samba é nossa tentativa de interferir no presente, reverenciando o passado e projetando o futuro". Das 14 canções do CD, 11 são de sua autoria, uma de domínio público e duas com outros compositores. E são esses compositores que estão em companhia de Siba, trocando experiências e produzindo juntos. Um estúdio de gravação foi montado no engenho de Lagoa Dantas, em Nazaré, onde o CD foi parcialmente gravado. Isso garantiu grande autenticidade na captação das músicas, que também inclui sons ambientes. O título do disco é a música que abre esse trabalho. Só para se ter uma idéia, a estrutura musical dessa e quase todas as faixas é composta de percussão, trombone, trompetes e vozes. Como já foi dito, ciranda e maracatu, dois ritmos irresistíveis para corpo ou alma dançarem. A segunda faixa é Bringa, também de Siba, seguida de Caluanda. Na verdade, às vezes, uma música é quase que emendada na outra. Nesta última, além da voz, Siba também toca sua rabeca. Depois, lembrando a ambientação a que tinha me referido, a música Trincheira da fuloresta tem rojões e vozes na introdução. Uma festa mesmo. Segue com a hipnótica Suinã, com uma bela instrumentação. Depois vem Soldado de aldeia/Barra do dia, de Siba e Biu Roque, que também canta na faixa. Além dele, outros mestres e músicos tem presença fundamental no CD. Estão aí Mané Roque, no mineiro e coro, Maurício Muniz, no bombo, Manoel Martins, na póica, Galego, no trombone, Dyogenes Santos, no trombone e Roberto Manoel, também trombone. A sétima faixa é Bonina, com as participações de Dona Dulce e Dona Biu, da Ciranda de Baracho. Agora, mais uma parceria de Siba, desta vez com Barachinha, que também canta aqui. A música é Meu rio de samba. A seguir, vem uma canção de domínio público. Maria, minha Maria, traz Biu Roque no vocal. Sete-estrelo é a décima canção seguida de Vale do Jucá, com destaque para o violão de Beto Villares e a participação de Maciel Salu no vocal. Ele é rabequeiro, compositor, mestre de maracatu e filho de Mestre Salustiano. Depois vem Poeta sambador. Bela homenagem de Siba à inspiração poética. A penúltima é Tempo, seguida de Terra de reis, que Siba fez sobre melodia tradicional. Trabalho fundamental e histórico. Pernambuco na veia! Lançamento Terreiro Discos. Tel.: (11) 3862-8781. E-mail: terreirodiscos@uol.com.br."

Por Sérgio Fogaça

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...


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