Elektra, 1992
Dez anos.
O restrito público dos Galaxie 500 ainda chorava o conturbado e pouco explicado fim do grupo. Não era para menos: quebrava uma das bandas mais próximas do que foram os Velvet Underground. Damon e Naomi ainda magoados, sob a alcunha de Pierre Etoile lançam single. Dean Wareham ressurge com os Luna.
As diferenças são notáveis. A música dos Luna é menos sombria, o vocal de Dean mais melódico em composições (nem por isso menos) melancólicas. A formação respeitava o quesito de pequena super banda. Competavam o trio: Stanley Demeski (ex-The Feelies) e Justin Harwood (ex-The Chills).
Lançado pela major Elektra, Lunapark teve produção de Fred Maher (integrante da banda de Lou Reed), participação de Grasshopper (dos Mercury Rev) e Kramer, produtor dos Galaxie 500.
O ano é 1992, mas o disco é destaque para 1993. Lunapark é o título. Nota-se algo letárgico na música do grupo. Uma fragilidade sem igual para qualquer disco daquele momento. Vanguarda novaiorquina, repleta de referências de urban e pop art num som mais que simples, despojado.
Há um vídeo na programação alternativa da MTV. Chama-se "Slide". É uma das canções mais oblíquas que já ouvi: contrabaixo onipresente, uma guitarra com pedal flanger a gemer e texto a falar contenção emocional. É a primeira faixa do álbum.
"Anesthesia" vem logo depois, com um riff singelo de guitarra e bateria hesitante e "Slash Your Tires" vem a dizer o que é um pop perfeito. O disco seria bom se dependesse apenas das canções já citadas. Completam a obra, belos temas a exemplo de "Smile", "I can't wait" e "I want everything".
Luna, em sua primeira formação
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