sábado, agosto 09, 2003




Lunapark – Luna
Elektra, 1992


Dez anos.

O restrito público dos Galaxie 500 ainda chorava o conturbado e pouco explicado fim do grupo. Não era para menos: quebrava uma das bandas mais próximas do que foram os Velvet Underground. Damon e Naomi ainda magoados, sob a alcunha de Pierre Etoile lançam single. Dean Wareham ressurge com os Luna.

As diferenças são notáveis. A música dos Luna é menos sombria, o vocal de Dean mais melódico em composições (nem por isso menos) melancólicas. A formação respeitava o quesito de pequena super banda. Competavam o trio: Stanley Demeski (ex-The Feelies) e Justin Harwood (ex-The Chills).

Lançado pela major Elektra, Lunapark teve produção de Fred Maher (integrante da banda de Lou Reed), participação de Grasshopper (dos Mercury Rev) e Kramer, produtor dos Galaxie 500.

O ano é 1992, mas o disco é destaque para 1993. Lunapark é o título. Nota-se algo letárgico na música do grupo. Uma fragilidade sem igual para qualquer disco daquele momento. Vanguarda novaiorquina, repleta de referências de urban e pop art num som mais que simples, despojado.

Há um vídeo na programação alternativa da MTV. Chama-se "Slide". É uma das canções mais oblíquas que já ouvi: contrabaixo onipresente, uma guitarra com pedal flanger a gemer e texto a falar contenção emocional. É a primeira faixa do álbum.


"Anesthesia" vem logo depois, com um riff singelo de guitarra e bateria hesitante e "Slash Your Tires" vem a dizer o que é um pop perfeito. O disco seria bom se dependesse apenas das canções já citadas. Completam a obra, belos temas a exemplo de "Smile", "I can't wait" e "I want everything".




Luna, em sua primeira formação


terça-feira, agosto 05, 2003






Fao, The Painter


Se o que Júlio diz importa um número pequeno de pessoas, sugiro que todos os meus (parcos) leitores visitem a página do
amigo Fao .

Além de pintor, Fao ainda encontra tempo para refletir sobre artes com propriedade.

Além do bom gosto o cara ainda gosta dos fantásticos Jane's Addiction e dos Cure.

sexta-feira, agosto 01, 2003



American Music Club



O homem invisível e o clube de música americana



Os American Music Club estão de volta. Os curiosos que visitam a página oficial de Mark Eitzel puderam conferir nestas duas últimas semanas as notícias de que eles estavam em estúdio e o anúncio do primeiro show do grupo em 10 anos. Finalmente um retorno certamente digno.

O grupo teve suas atividades encerradas em 1995 sem grandes explicações. Eitzel seguiu seu caminho com uma cultuadíssima carreira solo. O mais interessante é que a reunião foi definida recentemente. Bruce Kaphan (slide guitar) afirmou-me recentemente através de e-mail que não havia planos para uma volta.

Bom para os amantes de música de qualidade e letras inteligentes. E o grande trunfo deles? A elegância.


Depois dessa boa notícia, o mundo ficará completo quando o Pavement resolver anunciar seu retorno.

Enquanto isso vou cantarolando "Rise" e "Johnny Mathis's Feet" ao caminhar pelas poeirentas ruas de Cacoal.